Investigadores do DQB estudam potencial químico do vinho do Porto para tratar doenças de pele

JOANA OLIVEIRA E IVA FERNANDES SÃO AS RESPONSÁVEIS PELO PROJETO NO DQB

Uma equipa de investigadores do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto lidera um projeto de investigação que identificou um conjunto de moléculas, a partir do vinho do Porto, que podem ser usadas no desenvolvimento de fármacos para tratar doenças de pele como o cancro da pele ou a psoríase. Trata-se do projeto WINPUT – Síntese de piranoflavílios azuis inspirada na química do vinho para a Terapia Fotodinâmica tópica , que é financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia e deverá estar concluído em setembro.

O projeto surge no âmbito de trabalhos levados a cabo pelos docentes do DQB Nuno Mateus e Victor Freitas, que identificaram as portisinas.  Por ter sido desenvolvido um método de produção em laboratório destas moléculas, os investigadores começaram a tentar estudar possíveis aplicações terapêuticas.

Foi então que surgiu, no âmbito do projeto WINPUT, a ambição de desenvolver um hidrogel que absorve a luz no comprimento de onda correspondente à cor vermelha (comprimentos de onda acima dos 600 nm).  Este hidrogel funciona como veículo de transporte até aos locais no interior da pele onde estão as células doentes. Mais informação sobre este projeto poderá ser encontrada nos jornais nacionais Público e JN

Neste projeto, participam ainda os investigadores Maria do Amparo Faustino e Augusto Tomé, do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV – REQUIMTE) da Universidade de Aveiro.

jsoliveira@fc.up.pt

REQUIMTE/LAQV