NOBEL DA QUÍMICA ATRIBUÍDO A CAROLYN BERTOZZI, MORTEN MELDAL E BARRY SHARPLESS
No passado dia 5 de outubro, a Academia Real das Ciências da Suécia distinguiu Carolyn R. Bertozzi, Morten Meldal e K. Barry Sharpless com o Prémio Nobel da Química, pelo desenvolvimento da química do clique e da química bio-ortogonal.
Os laureados Barry Sharpless e Morten Meldal “lançaram as bases para uma forma funcional de química – a química do clique – na qual os blocos de construção molecular se encaixam de forma rápida e eficiente”, enquanto Carolyn Bertozzi “levou a química do clique para uma nova dimensão, começando a utilizá-la em organismos vivos”, segundo a Academica Sueca.
Tanto Meldal como Sharpless desenvolveram a chamada “química do clique”, que permite aceder a uma série de compostos através de reações rápidas e seletivas, evitando subprodutos indesejados, que são hoje usadas no desenvolvimento de fármacos em todo o mundo.
O termo química ‘bio-ortogonal’, cunhado por Bertozzi em 2003, refere-se a qualquer reação química que pode ocorrer dentro de sistemas vivos sem interferir nos processos bioquímicos nativos.
Os três conseguiram desenvolver uma ferramenta simples e eficaz de construção molecular, que permite a descoberta de processos biológicos, o diagnóstico de doenças ou a entrega de fármacos a alvos específicos.
Refira-se ainda que esta é a segunda vez que Barry Sharpless recebe o Nobel da Química, sendo apenas a quinta pessoa a receber um segundo Prémio Nobel, juntando-se a John Bardeen, Marie Curie, Linus Pauling e Frederick Sanger.
FCUP