INVESTIGADORES DO DQB AJUDAM A DESVENDAR MISTÉRIO MILENAR DO CORANTE AZUL MEDIEVAL
Uma equipa de investigadores do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), liderada pelo Professor Catedrático do DQB Victor Freitas, ajudou a desvendar a estrutura química de um corante natural – conhecido como folium – usado nas iluminuras de manuscritos da Idade Média. Os investigadores do DQB, que integram o Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE), publicaram recentemente os resultados deste trabalho na revista Science Advances. O artigo publicado tem suscitado grande interesse, não só na comunidade científica, mas também nos media nacionais e internacionais, como comprovam os artigos com referência a este trabalho no jornal Público, Science News e CNN.
No artigo, realizado em conjunto com a equipa de investigação da FCT-UNL liderada por Maria João Melo, conta-se a história daquele que era o único corante medieval usado para pintar, de que não se conhecia a molécula. E de onde vem este azul, também conhecido como tornassol-dos-franceses? Vem da planta Chrozophoria tinctoria, que os investigadores foram descobrir em Portugal, na aldeia da Granja, perto da Amareleja, Alentejo.
Nesta investigação, que decorreu durante mais de dois anos, participaram também as investigadoras do LAQV-REQUIMTE, Joana Oliveira, Natércia Teixeira, Natércia Brás, bem como Maria Conceição Rangel, docente no Departamento de Química do ICBAS.
vfreitas@fc.up.pt
REQUIMTE/LAQV